Eu cresci e você não entende.


Certa manhã acordei já não sendo mais a mesma. Acordei respirando independência e decidida a seguir o rumo escolhido por mim. Eu queria permanecer acordada o tempo que eu desejasse e comer qualquer porcaria que me viesse a cabeça.

Nesse dia, percebi que já podia dar conta dos meus problemas e cuidar de mim mesma. Percebi que já tinha ingerido uma dose de responsabilidade e absorvido um pouco de senso crítico para tomar minhas próprias decisões.

Pudera eu notar que algo ficava para trás, e o que é pior, que me impedia de seguir em frente. Quisera eu esquecer o que me segurava e dar partida nos meus preceitos. O único impasse é que ela não conseguia entender que as coisas haviam mudado.

Apesar de ter me sentido acuada, era capaz de compreender o que a aflingia. O medo dela perder a total autonomia sobre mim era tão grande que romper as barreiras de mãe e filha era algo quase impossível.

Por mais que eu já tivesse grande, com a cabeça feita e clamando por liberdade... Por mais que eu mostrasse a ela que já conseguia me virar sozinha e assumir meus erros, eu sabia: na visão do mundo, toda garota cresce. Na visão de mãe, a garota de fibra com idade suficiente para seguir seu rumo será uma eterna menininha necessitando de proteção.

Agora me responde uma coisa: Como lidar com isso?

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